quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Não acredito em Massagem Redutora

     Olha, não tenho nada contra quem faz a massagem redutora, até tenho uns conhecidos que fazem e outros que recebem também. Mas assim, cada um na sua né. (Sentiu a ironia né).
     Não. Não acredito. Nunca vi uma explicação plausível. Não tem na literatura. Não tem estudo científico. (Ficou parecendo que estou falando de deus, mas ainda estou falando de massagem redutora, viu?!)
     Massagem redutora ou modeladora, dizem, é uma técnica que, dizem, faz você perder medidas e gorduras localizadas, dizem. 
     Mas agora, porque não acredito? Sem querer parecer rude, grossa, prepotente, mas eu estudei fisiologia do exercício. De algumas coisas eu lembro.
     Gordurinhas, gorduras localizadas, pancinha, etc... são um amontado de adipócitos: células especiais que guardam lipídios. Os lipídios são umas moléculas enormes de carbono, hidrogênio e oxigênio quem tem várias funções (pesquisa no google), entre elas a função de reserva energética.
      Reserva energética é mais um menos assim: eu como, eu gasto energia daquilo que comi. Aquela energia que não gastei, meu corpo acumula pra depois eu usar. Uma das formas de acumulação de energia é a lipogênese (formação de lipídios) e uma das formas pra gastar energia é a lipólise (quebra de lipídios pra gerar ATP, vulgo, energia). Mas, pra eu gastar "gorduras" (lípidios) eu preciso fazer exercícios físicos prolongados. Dessa forma, meu corpo libera enzimas e hormônios pra ajudar na quebra de lipídios. E mesmo assim, antes de eu metabolizar os lipídios, eu tenho que utilizar os glicídios antes, ou seja, meu exercício tem que ser com suor se eu quiser perder gorduras! 
     Como que manualmente eu vou quebrar uma célula de gordura? Só fazendo lipoaspiração.
     "Ah, mas fulana foi na ciclana e ela fez umas massagens lá e ela perdeu três centímetros de barriga."
     Eu não duvido disso. Mas ela não perdeu gordura. Ela desinchou. Provavelmente ela fez uma drenagem linfática disfarçada de massagem redutora. 
     A drenagem linfática sim, eu acredito. Mas com propósito de remover toxinas acumuladas, drenar edemas, ajudar em pós-operatório. Tirar gorduras? Não. 
     Existem realmente meios dentro da estética que ajudam a estimular esses hormônios e enzimas a quebrarem os lipídios. Um deles, e o que mais confio, é uma aparelho chamado ultrassom. É um método mais antigo, porém existem inúmeros trabalhos científicos a cerca da eficácia desse aparelho, não tem muitas contra-indicações e é meu xodózinho na época de estágio na faculdade. MAS não é tão eficiente quanto um bom exercício físico. Têm outros aparelhos mais recentes, mas ainda não é comprovada a eficiência e tem poucos estudos. Sem falar que quando você faz exercícios você estimula seu coração e pulmão, enquanto que ao utilizar de alguma aparelho você estimula uma área do seu corpo só e nem fortalece. 
     O que acontece hoje é que todo mundo tem que desfilar dentro de um padrão estético: esbelto, sem gorduras, sem estrias, sem celulite, cabelo liso, entre outras coisas. E o mercado aproveita disso de uma maneira incrível. A pessoa gasta uma fortuna em algo que não resolve e o "profissional" abusa disso. 
     Se você realmente quer emagrecer, que seja por uma questão mais de saúde. E olha que hoje sabemos que ser magro não é sinônimo de vida saudável e ser gordo não é sinônimo de doença.
     Se você realmente quer emagrecer, seja disciplinado. Observe sua alimentação ou vá em uma nutricionista que realmente te avalie e não te dê dieta de gaveta. Corra dessas dietas malucas que vemos por aí. E não se sinta mal por comer uma bobeirazinha. Faça atividade que te faça suar mas ao mesmo tempo te faça ficar bem. Sentir uma dorzinha no outro dia é normal, mas fica atento aquela dor que insiste por vários dias. (Qualquer coisa estamos aí).
     Se você realmente quer emagrecer, se pergunte se você precisa mesmo ou se é porque a propaganda de roupa íntima mandou.
     E se você não quer nada disso, seja feliz. Seu corpo, suas regras.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Minha experiência com Ayahuasca

     Como descrever em caracteres uma experiência tão intensa? Como descrever as formas que a matéria tomou? Acredite ou não, durante a experiência isso foi um dos meus questionamentos.
     Tudo começou há alguns meses atrás quando um pessoal conhecido relatou ter usado uma tal planta medicinal indígena e diz "ter realizado conexão com o universo" (seja lá o que isso significa). Relatavam sentir muito amor, felicidade e até euforia. Mas confesso que, aos meus ouvidos, parecia ter sido uma experiência sem significado algum. Algo como "vou tomar um doce legalizado e ficar doidão". E de fato, algum tempo depois descobri que foi só isso mesmo. 
     A partir daí concluí que se um dia fosse fazer uso de alguma "erva de poder" seria por curiosidade, claro, e para ter um contato íntimo com o meu ser, coisa que nunca consegui meditando. Aliás, nunca consegui porque nunca quis. Meditação inclui disciplina. E bem... disciplina não é meu forte. 
     Não me considero ateia (feminino de ateu, caso essa palavra não exista), porém não me considero nem um pouco religiosa. Dogmas, não pode isso, não pode aquilo... isso sempre me distanciou de qualquer prática religiosa. E o fato de que as religiões, ao invés de unirem as pessoas, deixam elas mais distantes, fez com que eu me visse fora desse contexto. 
     Mas sim, acredito em algo maior. Acredito no Universo. Gosto muito das práticas naturais e tenho muito contato com as religiões orientais, hinduísmo e principalmente taoismo. Admiro os celtas, as bruxas, e seu conhecimento imenso de ervas e de cura. De certa forma, gosto de analisar essas religiões "naturebas" e seus símbolos ou mitos. Aquilo que considero bom pra mim, assimilo. Aquilo que não faz sentido, deixo quieto. 
     Uma amiga de confiança relatou pra mim a experiência dela numa prática de xamanismo. Quando ela falou xamanismo, eu já comecei a ficar intrigada, porque é algo que sempre me chamou atenção e sempre admirei. Ela disse que o ritual consistia de cantos, uso de tambor, fogueira, enfim, utilização de métodos indígenas para cura, auto-conhecimento e contato com o sagrado. Seja lá o que for sagrado pra você ou pra mim. Disse ainda: "quem conhece diz que a Ayahuasca é como uma mãe, pois ela dá carinho, mas ensina e pode te dar uma surra". Confesso que nesse momento fiquei com um pouco de medo. Há certas coisas em mim, bem lá no fundo do ser, que precisam ser consertadas. E nem sempre o conserto é tranquilo. Muitas vezes dói. Minha amiga disse também que não tinha orações, ou pregações. E talvez isso foi o que de fato me fez ir.
     Conversei com meu companheiro. Ele ficou interessado também, principalmente quando disse que não consistia de orações. 
     O evento ocorreu no sábado, dia 30 de janeiro. Na prática do xamanismo, seria a "primeira colheita", momento de reflexão, de fazer balanço de nossos sucessos e fracassos, retirada do velho e plantação do novo. O ritual foi conduzido por uma mulher, a "mamãe ursa". Ainda não tive oportunidade de conversar com ela para saber o porquê desse título. Mas achei carinhoso. 
     Era aconselhado ficar sem comer nada de origem animal, sem fazer sexo, ou ingerir bebidas alcoólicas por pelo menos três dias antes. Não tive o menor problema quanto a isso, pois já não como carne e bebo muito pouco. Sem problemas quanto ao sexo também, apesar de que as vezes tinha que controlar meus pensamentos. Apenas tive problemas quanto a leite e derivados, porque convenhamos: ser vegano (mesmo que por uns dias) numa sociedade onde tudo tem um pouco de animal é muito complicado. 
     Combinamos as caronas e chegamos ao local. Era uma chácara, com muito verde e árvores. Muito bonita, aliás. Vejo agora que foi bom termos pegado carona. Jamais iríamos conseguir voltar de moto, como normalmente eu e meu companheiro fazemos nessas viagens. Fomos eu, namorado, duas amigas e o motorista que coincidentemente (ou não) era de Patos também. Nota: a prática ocorreu em Uberlândia.
     Ao começar a prática, mais ou menos as cinco horas da tarde, foi dados alguns conselhos como: não beber água depois de beber o chá, pois isso iria fazer vomitar (esse vômito seria desperdício do chá, e não uma limpeza), não tocar em ninguém (isso poderia fazer com que a pessoa voltasse subitamente de uma "viagem", de forma negativa), caso quiséssemos vomitar, era só ir no mato, não poderíamos nos afastar do lugar onde estava a fogueira (quem estava cuidado do ritual deveria manter-se atento as pessoas, caso alguma passasse mal e necessita-se de ajuda). Nota: haviam pessoas responsáveis por cuidar de outras pessoas. Outro conselho que achei bem legal foi que se desse vontade de rir ou gargalhar, poderíamos nos sentir a vontade, pois nesse ritual, nas palavras da mamãe ursa, era normal vir espíritos de alegria.
     Inciaram-se então com um canto. Não me lembro exatamente a letra, sei que foi suave. Entrei na fila pra tomar, e tomei. O gosto não foi tão ruim como me falaram. Mas nem tão bom. Tinha gosto de terra, meio ácido, meio picante. No fundo lembrava um pouco de açaí. Tomei e na hora fiquei meio enjoada. Acho que de nervosismo, porque passou rápido.
   Sentei, esperei. Algumas pessoas deitaram. Outras foram dar uma volta ao redor. Eu fiquei sentadinha olhando pro nada, me perguntando "quando vai bater?"... Tentava não olhar pro meu namorado, nem pra minhas amigas, pra que não houvesse troca de olhares que poderiam desencadear algumas risadas sem sentido. 
     Contei respirações. Uma, duas... 27.. nada. Apenas uma risadinha. Não posso dar risadinha, concentra! Outra risadinha mais forte. Respirei fundo, olhei pro teto. De repente estava fazendo uma força tremenda pra não me rolar de rir. Pensei "eu que nunca tomei, vai baixar esse espírito justamente em mim?". Não me aguentava, sentei de costas pra todo mundo, abracei meus joelhos e comecei a rir. Lágrimas desciam. Olhei um pouco pro lado e vi uma moça, que me olhou também, e rimos. Rimos com o coração. Fiquei feliz por ela estar lá. Sequer tinha conversado com ela antes. Respirei fundo. Os risinhos foram passando, mas meu rosto não conseguia parar de sorrir. 
    Tirei meu óculos. Olhei pra trás novamente, e comecei a encarar o mato, como se ele estivesse me chamando. Formas geométricas começaram a surgir. Pensei "isso é tão clichê, será que é por isso que o pessoal que organiza rave coloca aqueles objetos psicodélicos?". A música não parava de tocar. Não sei quais músicas eram. Mas conseguia ver as músicas, em formas geométricas. Com cores fortes. Mas ao mesmo tempo sabia que tinha um mato na minha frente. Escutava gente roncando, ou será que eram motores de longe? Os desenhos geométricos tomaram forma. Vi uma coruja. Voando, parada, girando a cabeça. Me protegendo. Me protegendo? Sim, naquele momento, na minha mente, havia uma coruja me protegendo. Do que? Não sei.
     A coruja transformou-se numa forma feminina, com um vestido longo e um capuz, lembrando uma sacerdotisa. Ela começou a dançar. Olhava pra mim, mas não conseguia ver seu rosto. Não senti medo, nesse momento não sentia exatamente nada. Nem alegria, nem tristeza. Só era eu, a coruja e sacerdotisa. Dançavam e rodavam em formas geométricas, vetoriais, e em perfeita harmonia.
     Pensei "isso é tudo muito mágico, entendi... entendi... mas e agora, quando vou voltar ao normal. Preciso trabalhar". Foi nesse momento que não tive controle de nada. Não tive controle do meu corpo, que se firmava na terra. Lembro do quanto meus pés se enterravam na terra, meu braço vibrava, meus dedos que passavam em mim. Quis levantar (ainda estava sentada) mas não consegui. Senti enjoou, mas não conseguia vomitar. Escutei ao longe alguém falando "podem voar". Não queria voar, se voasse, eu não ia voltar. Mas eu não me controlava mais. Meus pensamentos ficaram em silêncio. De súbito fiquei de pé, não sei como e muito menos porque. Andei, muito tonta pra outro canto. Meus pés e pernas mexiam, desenhavam na terra. Desenhavam um capuz, ou será que era uma coruja? Com muito esforço comecei a pensar. "Estou com frio" e de repente meu corpo ficou quente.
     "Isso é real? Qual é a realidade?" Nesse momento, concentrei nas pessoas que eram mais importantes pra mim, pois só elas iriam me trazer de volta. Senti vontade de me aninhar no colo da minha mãe e dizer que fiz uma loucura, mas que está tudo bem agora. Senti desespero e vontade de chorar, mas ao mesmo tempo as lágrimas não vinham. "O que foi que fiz, surtei e nunca mais vou voltar... Voltar pra onde? Qual é a realidade". O pânico veio. Perdi a noção do tempo, do real, do material, do corpo, do pensamento. Tudo se desfez. O que existia era pensamento. "Isso é morrer?".
     As canções voltaram. Não entendia a letra, mas era reconfortante. "Estou voltando, preciso abrir os olhos". Abri e encontrei os olhos do meu companheiro. Naquele momento, senti esperança de novo. "Isso é a realidade". Lembrei dos meus pais, da minha irmã, dos meus amigos e do carinho e amor que sentia pelo namorado. "Concentre-se nisso, isso é a realidade, isso vai fazer você voltar".
    E de pouco em pouco, lembrei de onde estava, quem eram aquelas pessoas. Ouvi risos, gargalhadas. Tinha alguém tomando conta de mim. Senti alguém me "varrendo" as costas com as mãos. Quem era? Não sei, não podíamos nos tocar. Mas me senti grata a quem estava me tocando as costas. Senti a coruja voando ao redor e conduzindo tudo. Mais risos, eu sabia que iriam vir risos. Eu era aquelas pessoas.
     Fiquei de pé, ainda sem óculos, sentei em algum lugar que me pediram pra sentar. Mas não era meu lugar. Respirei. Como era bom respirar. Levantei, vi ele... sentei perto do namorado. Vi nos seus olhos o mesmo pânico que estava sentido. Tentei dizer que vai dar tudo certo, que essa era a realidade. Mas as palavras não vinham. Respirei.. uma, duas... 27...
     Meus óculos. Precisava achar meus óculos. Eles me iriam me trazer de volta. (Pausa para risos. Eu realmente achei que seriam meus óculos a me fazer voltar completamente pra realidade). Onde estavam? "Preciso achar meus óculos", disse em voz alta. Levantei e procurei. Nada. Sentei no meu lugar. "Tenho que procurar". Nesse momento, meu companheiro disse "Ana, levanta. Vamos achar seus óculos agora!". Ele de certa forma também sabia que eu ia voltar com meus óculos. Levantamos. Demos dois passos e ele achou. Coloquei e voltei. Ainda não sabemos como ele achou tão rápido.
    Como era bom ver, como era bom sentir o abraço. Estava de volta. Mas muito tonta. Fizeram uma roda ao redor da fogueira. E eu fui vomitar. Voltei a roda, tentei dançar no ritmo da roda, mas estava muito tonta. Vomitei de novo. Acabou.
    Estava totalmente fraca. Me pediram pra beber água, mas se bebesse iria vomitar. Tinha frutas, comi um pedaço. Mas não queria comer mais. Queria apenas dormir. Nunca estive tão exausta.
     Fizemos novamente uma roda, todos sentados. Todos tiveram oportunidade de falar. Disse sobre a coruja e a sacerdotisa. Mas estava muito fraca pra falar outras coisas. Nos abraçamos e foi bom. Bem caloroso. Agradeci. Estava de volta. Como era bom estar de volta.
     A sensação era a de que eu havia levado um porre. Então estava de ressaca. Queria ir embora e dormir.
    Ao chegar na casa onde ficamos, ainda demorou pra dormir. Mil pensamentos a mil por hora. Mas era tão bom me aconchegar no meu companheiro. Como se estivesse apaixonada, como se fosse a primeira vez. "Eu gosto muito dessa realidade", disse. "Eu também", ele falou. Dormi um pouco, mas acordei muito. Meu sono estava levíssimo.
     No outro dia, acordei ainda de ressaca. Bebi bastante líquido. Ainda sentia alguns efeitos do chá. Não pensava direito, não conseguia me expressar. Mas foi voltando ao longo do dia. Pegamos a moto e fomos embora.
     Domingo a noite tive um pouco de medo pra dormir. Mas na segunda-feira, me "bateu bad". Senti muito vazio, muita tristeza. Sem choro. Mas era como se a vida não fizesse mais sentido. Como meu corpo liberou muita serotonina, não houve tempo ainda de repor, logo é normal que eu ficasse em depressão.
     Só na quarta-feira (três dias depois) foi que eu consegui relatar exatamente como foi. E confesso que ao escrever esse texto, senti meu coração ir mais rápido e uma sudorese intensa.
     Não quis procurar significados das coisas que vi, isso porque eu queria saber o que era pra mim. Se eu lesse alguma coisa, iria saber a experiência e significado das outras pessoas. Algumas me mandaram textos e desenhos, que só consegui ler e ver na terça-feira a noite. Antes, queria só esquecer. Os significados não vou descrever, porque são bem íntimos, ainda que não compreenda ainda muito bem.
     Acho que minha experiência teria sido mais aproveitada se soubesse que ia voltar. A sensação de descontrole total é muito assustadora. Talvez faltou isso nos aconselhamentos.
     Durante a semana antes do ritual, não quis procurar sobre nada do Ayahuasca, justamente pra não criar (pre)conceitos ou julgamentos que poderiam me prejudicar. Não quis falar pra ninguém também, justamente pra não ter que escutar julgamentos também. Existem estudos falando tanto positivamente quanto negativamente. Fui procurar depois.
     A experiência foi química, sim. Mas tudo é química. Mesmo meditando eu faço reações químicas no meu corpo. Resta saber o que você considera espiritual ou não. Nesse momento considero que tive uma experiência espiritual sim.
     Se vou repetir. Não sei. Vai depender muito de como as coisas vão acontecer. Nesse momento eu diria que não, pois não quero sentir nunca mais a sensação de pânico e descontrole. Mas sei que houve um momento muito legal de euforia e concentração. Acredito que ainda estou de ressaca.
     Não condeno a prática, muito pelo contrário. Tenho um respeito imenso. Vi que realmente existem pessoas que estão felizes e coerentes dentro do xamanismo. Mas pra mim, por agora basta. Vou continuar meu trabalho e seguir. No meu contexto de vida, sou mais feliz escalando o pico da bandeira ou descendo cachoeiras. Mas foi uma experiência muito válida e, como disse anteriormente, os significados são muito íntimos pra ser compartilhados por aqui.
     Agradeço a minha amiga que me levou a prática, agradeço aos cuidados que tive. E agradeço por pertencer a essa realidade. Nem tudo é flores, mas vale muito a pena.


Observação: por motivos de "achei melhor não", não citei nomes.